Sabe aquele vizinho ou colega que não faz
questão de te cumprimentar? De repente, ele começa a se chegar. Você logo pensa
que deve haver algum interesse imediato envolvido nessa súbita aproximação. E,
em geral, é verdade. O nome disso é conveniência. Agora, imagine se pode dar
certo uma comunicação baseada em conveniência? Mas ainda é o que boa parte das
empresas faz: só começa a falar com seus públicos quando a situação está
difícil. Resultado: nenhum. E, o que é pior, a empresa cria em torno de sua
comunicação uma aura de desconfiança. Por essas e outras é que a gente insiste:
comunicar-se deve se tornar um hábito, que torna a vida das companhias mais
saudável. E, mesmo em empresas com unidades e pessoas espalhadas por diversos
locais, é possível estabelecer comunicação. Mais que isso: é fundamental,
justamente para que a comunicação ajude a encurtar as distâncias físicas. As
duas perguntas desta edição são sobre credibilidade e público disperso
geograficamente. Mande a sua dúvida também!
Como conquistar uma relação de confiança com os empregados por meio da comunicação interna? Por que o sindicato consegue isso mais facilmente que as empresas?
É preciso destacar que existe uma identificação natural dos colaboradores com o sindicato,
que,
afinal,
é seu representante.
Suas mensagens chamam a atenção porque enfocam assuntos que afetam – nem sempre positivamente
– o trabalhador
(dissídio,
demissões,
benefícios etc). Além disso, o sindicato usa a mesma linguagem do trabalhador,
coisa que nem sempre as empresas adotam. Para fazer frente à comunicação do sindicato
– que é feita de forma profissional
–, as empresas devem enxergar a comunicação da mesma forma, e dar a ela a mesma importância que o sindicato dá.
Uma comunicação clara e contínua é o primeiro passo, pois ajuda a tornar consistente o relacionamento empresa-colaboradores.
E essa consistência é fundamental para que se estabeleça a confiança ao longo do tempo.
Como ter uma comunicação eficiente diante da descentralização do público? Exemplo: várias lojas espalhadas pelo estado.
Nesse caso, a internet/intranet desempenha papel muito importante,
pois é capaz de tornar instantânea a comunicação em unidades fisicamente distantes.
Mas se nem todos tiverem acesso a computadores,
talvez seja o caso de ter alguém em cada unidade que se responsabilize por disseminar a comunicação no mesmo momento que a matriz. Tão importante quanto esse sincronismo é levar em conta as características regionais das lojas, respeitando-os e fazendo os ajustes necessários na comunicação da matriz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário