28 de nov. de 2012

Uma imagem vale por mil palavras


Uma imagem fala por si. É capaz de provocar reações fortes e de despertar sentimentos intensos, bons e ruins. Uma imagem é algo que valorizamos tanto que compartilhamos fotos e selecionamos as nossas preferidas para colocar em porta-retratos, na carteira, em chaveiros, enfim, imagens marcam.

E, ainda assim, vemos muitos materiais empresariais – sobretudo os impressos – maltratados por imagens ruins. Fotos escuras, imagens com fundos impróprios, sombras que escondem fisionomias, excesso de luminosidade que faz pessoas e objetos ficar esbranquiçados, fotos fora de foco, tremidas, e as famigeradas fotos geradas por câmeras de celular, que raramente geram bons resultados quando impressas. “Ah!, mas na minha tela está lindo!”..., não quer dizer que tecnicamente esteja em boas condições de impressão.
Embora o ideal – e recomendável – seja recorrer a fotógrafos profissionais, hoje em dia, todos podemos fazer boas fotos, pois há muitos equipamentos fáceis de usar e a preços acessíveis. Mas, para que fotos amadoras não prejudiquem a qualidade final do material da empresa, é fundamental que a máquina fotográfica seja ajustada corretamente e que o fotógrafo amador tenha conhecimentos básicos de como fazer boas fotos.
Outro fator importantíssimo é o mito do Photoshop. Há quase um consenso de que o software resolve qualquer problema, desde retoques milagrosos a montagens duvidosas. O Photoshop, como outros programas de uso profissional, tem, de fato, muito recursos para melhorar – ou até mesmo alterar – uma imagem. Mas é preciso, primeiro, cuidar da origem. Uma foto pequena jamais poderá ser ampliada para o tamanho de uma capa de revista, por exemplo. Uma imagem escura demais nunca ficará perfeita, bem como um retrato tremido não será recuperado. Há de se ter cuidados básicos com luzes, sombras, cores e resolução, e evitar exageros nos retoques. O software é apenas uma ferramenta. Como sempre, recomendável para uso profissional.
Uma imagem vale por mil palavras. Cuide do seu negócio em todos os detalhes. Valorize o material de sua empresa com textos bem escritos, visual limpo e imagens de qualidade.

Com colaboração de Marcelo Cason, do estúdio MCason Criação, publicitário e pós-graduado em Marketing pela Fecap.

19 de nov. de 2012

A caixa de sugestões não está morta



Apesar da digitalização de muitos meios de comunicação, dependendo do tipo de empresa, ainda há espaço para a caixa de sugestões convencional. E há detalhes que fazem a diferença entre uma caixa acolhedora e uma caixa sempre vazia.

A caixa de sugestão da minha empresa está sempre vazia. O que isso significa? Devo acabar com ela?

Uma caixa de sugestão vazia significa muita coisa. Só não significa que as pessoas não tenham sugestões a dar!
No início de um programa de sugestões, geralmente se consegue uma boa participação. Com o tempo, porém, elas vão “pingando” e tendem a desaparecer. Não é algo que aconteça em uma ou outra empresa. É mais comum do que se imagina.
Pode faltar motivação para sugerir – isso acontece em empresas que não dão feedback sobre as sugestões. Mesmo quando são anônimas e/ou quando não é possível adotá-las, as sugestões devem ser respondidas, o que pode ser feito num quadro próximo à caixa, pela intranet ou via jornal interno, por exemplo. Se a sugestão estiver identificada, a resposta deve ser dada pessoalmente, de preferência, para estimular o diálogo direto e valorizar a iniciativa do colaborador que sugeriu. O importante é não deixar sem feedback nenhuma sugestão.
Se o programa está no início e não houve adesão, convém reavaliá-lo, desde as regras à divulgação. Nesse caso, pode ser até recomendável retirar a caixa e relançar o programa em outras bases.
A falta de motivação para sugerir também pode refletir a falta de confiança do colaborador na empresa. Sobretudo se as sugestões tiverem que ser identificadas com nome e área de quem sugere. Muitos têm medo de se expôr diante do supervisor, chefe ou gerente. Isso sinaliza um problema de gestão realmente sério.
Outro fator que pode esvaziar a caixa de sugestões: limitar a participação do empregado, que só pode sugerir melhorias para a área em que trabalha. Por que não para todas as áreas? É mais fácil vermos “defeito” (e qualidades também) no quintal do vizinho.
Há empresas que recompensam financeiramente quem deu sugestões que geraram economia. Ajuda a estimular, mas adotar a recompensa é muito específico de cada empresa. Porém, uma atitude é obrigatória, qualquer que seja a empresa: dar feedback.

26 de out. de 2012

Publicação empresarial: só porque é grátis não tem que ser chata



Além de temas que a companhia quer abordar, inclua aqueles que os colaboradores gostariam de ler

Visual atraente, com fotos e ilustrações, e matérias curtas, com linguagem descomplicada, mesmo quando os assuntos forem complexos – e especialmente nesses casos – são premissas básicas para que as publicações empresariais, especialmente as internas, como revistas, jornais, newsletter, boletins etc, sejam bem-sucedidas. As notícias, por sua vez, precisam ser diversificadas, para que a publicação não se torne “o jornal do RH” ou “a revista do pessoal de Vendas”. A diversificação também garante um bom índice de leitura, porque, se o leitor não quiser ler uma reportagem, terá outras que poderão despertar seu interesse. Busque o equilíbrio, mesclando temas empresariais com matérias de interesse geral, que também podem ter um link com o dia a dia da empresa. Quer ver? Até mesmo uma receita culinária pode estar relacionada com a empresa. Ela pode ser passada pela nutricionista da empresa ou simplesmente ser um prato que faz sucesso no restaurante da companhia.
São exemplos de temas empresariais: estrutura organizacional; responsabilidades de setores e dos colaboradores; formas de avaliação de desempenho; sucessos obtidos; benefícios; dicas de liderança; qualidade; relação cliente-fornecedor interno; perfil de empregados, treinamentos internos etc. São informações objetivas, de interesse dos colaboradores e que, ao mesmo tempo, facilitam a realização das metas da organização e melhoram a confiança interna.
Temas de interesse geral podem ser:
Cultura – patrocínios a eventos culturais, sugestões de leitura, até matérias temáticas a respeito de uma festa do nosso folclore, etc.
Motivação – contribui com o desenvolvimento profissional e pessoal do colaborador. Podem ser baseadas em entrevistas com especialistas.
Comportamento – negociação é um exemplo. Todos, não importa em qual função, precisam saber negociar. Seja em casa com os filhos, no ambiente de trabalho ou no shopping.
Psicologia – crescer, envelhecer, casar, separar, ganhar, perder. Essas e tantas outras emoções, motivadas por situações no ambiente profissional ou familiar, podem render matérias no mínimo curiosas, resultantes de entrevistas com especialistas.
Comunicação – dicas sobre como se comunicar corretamente, desenvolver a empatia pelo receptor para ser entendido, a importância do feedback, incluindo aspectos da língua falada, como concordância, vícios de linguagem etc.

10 de out. de 2012

Qualquer empresa precisa de comunicação interna


A Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom) destaca em seu Caderno de Comunicação Organizacional Como entender a comunicação interna* que as empresas devem desenvolver e utilizar materiais e campanhas que objetivem “apresentar e posicionar a organização, seus conceitos de missão, visão, valores, políticas e processos”.
Por menor que seja uma empresa, não convém relegar esses materiais e campanhas ao segundo plano, pois eles são efetivos na sedimentação do DNA da companhia, tanto junto aos novos colaboradores quanto entre os integrantes veteranos.
O Manual de Políticas e Procedimentos, assim como o Código de Ética da empresa, estão nesse rol de iniciativas indispensáveis da comunicação interna. Eles “veiculam informações que visam facilitar a integração (dos novos colaboradores) na cultura da organização e motivar o seu comprometimento, para uma maior consciência e unicidade de visão sobre as normas de conduta, processos e forma de atuação da empresa. Essas publicações contêm orientações sobre a missão, visão, valores, políticas e benefícios de Recursos Humanos e os procedimentos a serem realizados em situações do dia a dia, como ação em caso de acidentes de trabalho, procedimento em relação ao fluxo e sigilo de informações, relacionamento com fornecedores etc.”
As pessoas são movidas por estímulos, e a comunicação interna é um dos bons, quando feita de forma profissional e sistêmica. Mesmo em empresas pequenas, também são oportunas campanhas internas para motivação e consecução de objetivos e metas. Programas sociais, culturais e esportivos também funcionam como um estímulo positivo à identificação do profissional com a empresa.
Em resumo, não é o tamanho de uma empresa que vai determinar a necessidade de comunicação interna. Ela pode, sim, ficar mais complexa e exigir mais recursos, tanto maior for a empresa. Porém, em toda organização, ela é essencial.

*O CCO Como entender a comunicação interna pode ser baixado gratuitamente, na íntegra, pelo site www.abracom.org.br


28 de ago. de 2012

Bata à porta do seu colaborador


Você já deve ter ouvido isso: a mudança é uma porta que só abre de dentro para fora. Ou seja, cada pessoa é a única protagonista de sua mudança. Isso vale, também, nas empresas. Por mais elementos que uma companhia apresente aos seus colaboradores, a
decisão de 'vestir a camisa' será sempre um movimento individual. Diante disso, fica ainda mais clara a relevância da comunicação interna e de ações de endomarketing: elas não vão mudar o clima organizacional, nem transformar um colaborador apático num líder construtivo. Porém, comunicação interna atua como elemento de provocação a esse movimento de mudança. Mesmo só havendo maçaneta na parte interna dessa porta, a empresa pode e deve bater nela, lançar luz pelas frestas, enfim, estimular o colaborador a abri-la, a experimentar e participar, ampliando seus próprios horizontes e, por consequência, os resultados da empresa.
As perguntas desta edição são sobre essas 'batidinhas' na porta que a empresa precisa constantemente dar, seja por meio de ações de comunicação interna, seja pela inequívoca força do exemplo. O ideal é que seja das duas formas simultaneamente.

Algumas empresas adotam ações de endomarketing. Nesses casos, existe uma competição entre comunicação interna e marketing?
Na verdade, as atividades de comunicação interna e de endomarketing se complementam. Comunicação interna é quando você transmite informações importantes usando os meios formais de comunicação disponíveis na empresa, como e-mails, reuniões com a liderança, mural, jornal, etc. Endomarketing é quando você associa as informações a serem transmitidas às técnicas e estratégias do marketing tradicional. Ou seja, existe um cuidado criativo e uso de mídias alternativas.
Em outras palavras: os canais de comunicação têm que existir sempre. As campanhas de endomarketing complementam, deixam a informação mais agradável. Exemplo: o jornal interno já noticiou que a empresa está adotando um novo uniforme, mais apropriado para seu pessoal operacional. Em paralelo, uma campanha de endomarketing espalha pela fábrica cartazes de grande apelo visual apresentando o novo uniforme e suas funcionalidades. Ou promove um desfile na linha de produção. Ou ambas as iniciativas.

Qual é a melhor forma de influenciar pessoas?
A força do exemplo é uma maneira bastante eficiente para influenciar pessoas. Você já deve ter ouvido comentários do tipo “o presidente chega aqui, cumprimenta todo mundo”, ou ainda “o supervisor só chama a gente pra conversar pra dar notícia ruim”. Ou seja, as pessoas estão atentas ao comportamento de seus líderes e são influenciadas por gestores cordiais, acessíveis, que se mostram interessado em ouvir (e não apenas em dar ‘notícia ruim’), assim como sofrem influência de líderes fechados. Não se trata de exigir que os líderes adotem um comportamento padrão, mas de alertá-los para a influência que sua postura tem no clima da área.  

19 de jul. de 2012

Questões de tempo


Qualidade deixou de ser diferencial há muito tempo. Mas, para conseguir implantá-la leva tempo, e exige esforço cotidiano mantê-la. Um desses elementos diários para consolidar e aprimorar o ambiente da qualidade é a comunicação. Ela também é fator-chave na hora de dar notícias negativamente impactantes para a empresa e, consequentemente, para seus colaboradores. Em ambos os casos, não tem muito o que inventar, não: é trabalhar no dia a dia o relacionamento com as equipes, não só de cima para baixo, mas, também, acolhendo dúvidas, ideias e percepções que os empregados trazem. O 'olho no olho' é sempre importante, pois compromete e aproxima. Os painéis têm um jeito apropriado de comunicar, na forma e conteúdo. Respaldadas por uma cultura de comunicação, são duas ações simples, de baixíssimo custo e eficientes.

ñ Como a comunicação interna pode colaborar para a qualidade na produção? Nesse caso, o meio mais indicado são os painéis?
A qualidade é resultado de um sistema bem ajustado, que envolve treinamento e capacitação dos funcionários, tecnologia fabril, técnicas de acompanhamento de desempenho de máquinas e equipamentos etc. No chão de fábrica, os painéis podem ser bons aliados na conquista e na manutenção da qualidade. Neles, podem ser colocadas informações sobre metas, os principais problemas enfrentados no mês anterior, as providências tomadas para saná-los, gráficos de evolução etc. Mas é preciso que os líderes das áreas facilitem a aproximação do grupo, estimulando sua consulta, explicando as informações ali expostas, esclarecendo dúvidas etc.

ñ Como inovar para comunicar más notícias?
Em qualquer situação, é preciso ser ágil e falar a verdade, comunicando notícias ruins face a face, no primeiro momento. E isso é papel da liderança. Se a empresa for lenta ou se omitir, o sindicato certamente falará sozinho, e sua versão não encontrará barreiras para ser aceita como verdade. Por exemplo: uma linha de produção será desativada. Para comunicar isso de forma clara, a liderança deve ser preparada para responder perguntas e para transmitir a mesma informação em todas as áreas, falando em nome da empresa, explicando o motivo dessa decisão e – importantíssimo – saindo na frente da ‘rádio peão’, ou seja, agindo em vez de reagir.

Mande sua pergunta.. Escreva-nos.

26 de jun. de 2012

A importância das redes sociais


Mesmo que você (ainda) não use redes sociais, é importante saber minimamente a respeito delas, pois elas ocupam espaço relevante – e crescente – no universo corporativo. E por mais que tentemos compartilhar com você informações a respeito, as redes sociais tomaram proporções que extrapolam este espaço. Por isso, selecionamos alguns links confiáveis, para você se inteirar mais sobre redes sociais e o mundo corporativo. Esses links trazem dados no mínimo interessantes, e estimulam a reflexão sobre o assunto. Mas, atenção: cuidado com o que você capta na web: assim como há ótimos materiais de fontes idôneas, também se encontra muita informação equivocada ou sem qualquer consistência.
Abaixo, reproduzimos alguns conteúdos da Interativa no twitter. Para ter acesso a todos os nossos posts, é só abrir uma conta e nos seguir!
ñ Jornal mural costuma ser confundido c/ quadro de avisos e vice-versa, mas, se forem parecidos, é só na forma, pois conteúdo é bem diferente.
ñ Quadro de avisos deve conter apenas informações administrativas e legais, como horários, normas, determinações etc.
ñ Jornal mural é onde se divulgam notícias – tudo que for novo, verdadeiro e útil aos funcionários.
ñ Para atrair o funcionário, o jornal mural deve ser bem ilustrado e com pouco texto, para ser visto e lido “de passagem”.
ñ Erro comum em quadros e murais: tirar 1 msg e imediatamente colocar outra no mesmo lugar. É importt usar o vazio visual p/ marcar a mudança.

18 de jun. de 2012

Como fazer um jardim (ou a comunicação interna)


Você provavelmente conhece o belo jardim do Museu do Ipiranga (cujo nome oficial é Museu Paulista). Construído a partir de um projeto, se mantém vivo graças ao trabalho de profissionais especializados. Por mais naturais que pareçam, jardins não surgem nem se conservam espontaneamente. São planejados, construídos e cultivados. Envolvem arquitetos, jardineiros, paisagistas e botânicos.
E é exatamente o mesmo raciocínio que norteia a comunicação interna: planejamento e realização de um projeto sob orientação de quem é especialista. No entanto, o que muito se vê é o RH – sobretudo T&D – incumbido da comunicação interna como atividade acessória. O resultado é minguado, apesar de o esforço ser grande. E, ao primeiro aperto de verba ou falta de tempo, interrompe-se a germinação da semente plantada.

Como fazer comunicação interna, então?
Da mesma forma que se faz um jardim: tendo à frente um especialista. É ele quem sabe planejar as atividades e orientar os “jardineiros e paisagistas” na identificação dos meios, na condução com critérios técnicos e transparência.
Um capítulo detalhado sobre isso você encontra no Caderno de Comunicação Organizacional da Abracom “Como entender a comunicação interna”, que pode ser baixado gratuitamente em www.abracom.org.br. A seguir, compartilhamos um resumo:

A comunicação interna é atividade meio, e não fim, que presta serviço às demais áreas, atendendo às demandas de troca de informações, conscientização, integração, reconhecimento etc. Para que seja encarada como estratégica, deve responder aos desafios do Planejamento Estratégico Corporativo. É necessário o envolvimento de todos os níveis da empresa, principalmente da diretoria. A comunicação interna trabalha na identificação das necessidades – da empresa para com seu público interno e vice-versa. É importante ouvir colaboradores de todos os níveis antes de elaborar, implantar, desenvolver e manter um projeto de comunicação interna. E é fator estratégico que os colaboradores sejam os primeiros a conhecer novas posturas, produtos e informações da empresa. Eles costumam ser o primeiro público afetado pelas decisões da organização. Nada mais justo e inteligente, portanto, que informá-los em primeira mão.”

11 de jun. de 2012

A teoria, a prática e a interseção entre elas


É muito bacana falar em transparência na comunicação, e é praticamente consenso que a transparência é essencial para estabelecer uma comunicação de valor, que resulte em mudança de comportamento. É tão bacana apoiar essa ideia, quanto é difícil ser transparente na prática. Por quê? As razões são várias, e uma delas é a forma como se estabelece a hierarquia das empresas. Em muitas, reter a informação é deter poder, e praticamente tudo é confidencial. Dos colaboradores em geral, é esperado que façam muito bem o que foram contratados para fazer, e que participem das iniciativas internas, como Sipat, Campanha do Agasalho, pesquisa de clima etc. Encontrar soluções e ter ideias são tarefas dos chefes – eles, sim, contratados para pensar, para resolver. Em empresas com essa cultura, dificilmente a comunicação interna sairá da teoria para a prática. A transparência é um dos pilares que sustenta a comunicação interna. Concordar com isso é fácil. Praticar, nem tanto. Acompanhe três questões em torno dessa linha que separa a teoria da prática, e da interseção entre elas: a transparência.

Por que as empresas não se habituam com a comunicação interna?
Qualquer hábito deriva da prática constante. De uma maneira geral, as empresas usam a comunicação de forma intermitente, interrompendo o processo quando surge alguma crise ou dificuldadejustamente quando a comunicação deveria ser um ponto de apoio para o fortalecimento do grupo. Ou apenas para fazeroba-obasobre alguma atividade pontual. Ou seja: para que as pessoas se habituem à comunicação interna, é preciso que esse hábito seja cultivado desde a alta administração.

Como eliminar a barreira dos cargos, como a existente entre estagiários e gestores?
Cada empresa tem aspectos culturais muito próprios, havendo aquelas em que a hierarquia é mais valorizada do que em outras. A cultura de uma empresa é que determina o quanto o seu modelo de gestão será interativo. Por isso, não existe uma fórmula para eliminar barreiras entre cargos, pois isso é um traço da cultura empresarial. Porém, nas empresas em que a comunicação faz parte da gestão, essas barreiras tendem a ser mais tênues, e a interação entre áreas e pessoas de diferentes posições tende a ser mais intensa. A comunicação, uma vez adotada por uma empresa e integrada à sua cultura organizacional, ajuda a flexibilizar as relações ao longo do tempo.

Como melhorar a comunicação entre as diversas áreas da empresa?
Sendo transparente e ágil. Nada pior do que ficar sabendo de algo sobre a sua área por meio de um colega de outro departamento. Com relação à transparência, é claro que não devemos confundir informação sigilosa com divulgação correta dos fatos cotidianos de uma empresa. Uma comunicação simples, rápida e franca é capaz de integrar os departamentos de uma empresa e evitar boatos.

23 de mai. de 2012

Como fazer o jornal da empresa em parceria com agência(s)


Para atingir os objetivos da empresa, é fundamental que forma e conteúdo do jornal despertem o interesse do leitor. Para tanto, deve haver uma perfeita sintonia entre agência(s) e empresa. O ideal é que a parte visual e os textos sejam feitos por uma mesma agência, pois isso simplifica e agiliza o processo. Mas nada impede que uma agência faça o visual (diagramação) e outra agência faça os textos. As etapas de trabalho são, basicamente, as seguintes:

• Cronograma
A primeira atividade será sempre a definição do cronograma de trabalho. Ele é fundamental para que o jornal circule na data programada. O cronograma pode ser feito tanto pela(s) agência(s), respeitando a disponibilidade de agenda do pessoal interno, quanto pela empresa (respeitando os prazos para redação, revisão, diagramação e impressão).

• Pauta
As notícias veiculadas no jornal precisam ir ao encontro do que os leitores gostariam de ler e, ao mesmo tempo, do que a direção da empresa precisa informar. Por isso, recomendamos que a pauta seja feita em conjunto, por empresa e agência(s). Por parte da empresa, deve-se formar um conselho editorial, composto por representantes de vários setores. Se uma única agência realizar as atividades de conteúdo e diagramação, deve participar da reunião de pauta o jornalista responsável, a quem caberá orientar o conselho editorial e trazer ideias de como abordar determinados assuntos, como obter qualidade das informações, qual deve ser o tamanho das reportagens etc. Se houver uma outra agência envolvida na diagramação, convém que o diretor de arte também esteja na reunião de pauta.

• Entrevistas
Uma pessoa do conselho editorial deve ser escolhida para coordenar internamente (na empresa) os trabalhos. É com ele que a(s) agência(s) fará(ão) contato. Esse coordenador indicará os entrevistados, ajudará no agendamento de entrevistas, coordenará a obtenção das fotos e, quando necessário, fornecerá material de apoio, como resultados de pesquisas, relatórios, informações complementares etc. As entrevistas devem ser feitas pelo jornalista responsável, por telefone ou pessoalmente, de acordo com a necessidade e disponibilidade dos entrevistados.

• Redação
O conteúdo do jornal pode ser feito a partir de entrevistas e/ou de material produzido por profissionais da empresa. Neste último caso, o jornalista responsável deve ter autonomia para revisar e adaptar o material recebido da empresa, de modo que o texto final fique de acordo com a linguagem jornalística e de fácil entendimento.

• Imagens
Se feitas por profissionais, valorizam o resultado final. Mas poucas empresas contratam ilustradores e fotógrafos para produzir suas imagens de dia a dia. Então, se a própria empresa produzir as fotos, deve delegar essa tarefa a funcionários que tenham conhecimentos de fotografia e saibam captar imagens com foco, luz e enquadramento adequados. O jornalista responsável pode ajudar o fotógrafo amador da empresa a obter fotos criativas, sugerindo ambientações. A empresa precisa, ainda, ter em mente que, para materiais impressos, as imagens precisam ter alta resolução (300 dpis) – isso significa dizer que fotos extraídas de sites, celulares e de arquivos ppt, pps, pdf e doc costumam não servir.

• Aprovação de textos
Antes do envio das matérias para diagramação, a agência responsável pelos textos os  encaminhará, em arquivo word, ao coordenador do jornal. Este deve distribuir os textos aos responsáveis, para que apontem eventuais correções. O coordenador deve orientar essas pessoas a corrigir apenas erros de interpretação/informação/técnicos. O tipo de linguagem, a correção ortográfica e gramatical e hifenizações são atribuições técnicas da agência responsável pelo conteúdo.

• Diagramação e layout
Após as adequações de texto solicitadas pela empresa, a agência que cuida do visual fará a diagramação e layout.

• Primeira aprovação de layout
A agência responsável pelo layout encaminhará o primeiro PDF para a empresa, mais especificamente para o coordenador do jornal. Este, por sua vez, se encarregará de aprová-lo junto aos membros do Comitê e/ou entrevistados. Nesta etapa, a empresa poderá solicitar modificações no layout, como alterações de fotos, por exemplo, desde que mantenha a coerência do projeto gráfico. Pequenas alterações de textos ainda podem ser solicitadas.

• Segunda aprovação de layout
Feitas as alterações pedidas pela empresa, a agência responsável pela diagramação encaminhará um novo layout ao coordenador, para aprovação final, que é feita por escrito para evitar mal-entendidos.

• Revisão final
Após o ok final da empresa e antes de enviar o arquivo para impressão, a agência responsável pelo conteúdo fará a revisão final. O objetivo é eliminar possíveis erros gramaticais e/ou de digitação, provocados pelas mudanças nos textos.

• Impressão e distribuição
Muitas empresas preferem, elas próprias, contratar os serviços de impressão diretamente com a gráfica. Nesse caso, as empresas se responsabilizam pela qualidade do produto final. Na maioria dos casos, a distribuição fica a cargo da empresa, mas existem casos em que a agência despacha o jornal, via Correios, para a residência dos colaboradores ou outros destinatários.